segunda-feira, 29 de maio de 2017

Bratislava, Eslováquia

Não ter passado mais que uma noite na Bratislava foi certamente um dos meus maiores arrependimentos em relação à essa viagem. Por ser uma cidade pequena, todos os sites que li diziam que um dia era o suficiente para conhecer tudo, fiz a bobagem de organizar nossa ida da seguinte forma: chegando no dia 6 de Julho no início da noite, e indo embora no dia 7 de Julho às cinco da tarde.

Em alguma parte do meu cérebro pareceu plenamente possível acordar cedo, pegar um free walking tour, conhecer os principais pontos da cidade e ainda ter tempo pra passear um pouco e depois ir para rodoviária e seguir para Budapeste. Talvez até fosse, mas não foi o que aconteceu. 

Bratislava é aquelas cidades pequenas super charmosas com um ar medieval que te faz querer ficar mais, só pela vibe calma que ela oferece. Realmente não tem necessidade de gastar mais que um par de dias por lá se a ideia for só ter um panorama geral da capital eslovaca, mas ela te convida a passar mais tempo só relaxando e passeando despretensiosamente. Então, de fato, não dei à essa capital a devida atenção, e espero poder voltar e formar memórias mais sólidas. 
Hlavné Namestie
No pouco tempo que passamos, aproveitamos a área do bar do próprio hostel, andamos pelos arredores na noite que chegamos, e no dia seguinte pegamos um Free Walking Tour da Be Free Tours com um guia bastante atencioso, que nos levou pelos principais pontos da cidade. 

A Hlavné Namestie foi um dos primeiros locais que conhecemos, uma pracinha que concentra algumas atrações, tais como: Fonte de Rolando, construída em 1572 para casos de incêndio, a antiga prefeitura (que hoje é um museu), uma estátua de Napoleão debruçado em um banco e uma feirinha. 

Outra praça que visitamos foi a Hviezdoslavovi, gigantesca, que abriga diversos restaurantes e prédios importantes, como o Teatro Nacional (foto de abertura do post).

Eslovacos certamente have this thing with estátuas, pois outra muito famosa (além da do Napoleão) é a do Observador, que nada mais é que a imagem de um homem debruçado para fora de um boeiro... observando. E ela é a atração mais famosa da cidade. 




O trajeto de Praga para Bratislava foi feito de ônibus, pela Eurolines. Foi uma das melhores viagens de ônibus, certamente, pois as poltronas eram bem espaçosas e tinha Wi-Fi, que funcionava melhor que a do hostel, posso dizer. Na época, as passagens para eu, minha mãe e meu padrasto custaram no total EUR36,52 (algo em torno de R$165,00).

Quanto a hospedagem, passamos a noite no Pátio Hostel, um hostel no coração da Bratislava, de onde podíamos ir caminhando tanto para o centro turístico da cidade, quanto para a rodoviária. Ele tinha o próprio bar, um quintal aconchegante com mesas e cadeiras, e quartos espaçosos. Os pontos negativos da experiência foram: o Wi-Fi funcionava bem mal, estava um pouco quente e só tinha um ventilador para o quarto todo. O custo total da estádia para três pessoas foi em torno de EUR45 (R$188,55).


(não finalizado na época? não sei) 08/02/22

sábado, 27 de maio de 2017

Praga, República Tcheca | Fotografia

Relógio Astronômico (Orloj) no centro.
Um dos Starbucks mais lindos que já vi.
Lugares que se encontra andando sem rumo por ai.
Catedral de São Nicolau no centro.
Vista do Starbucks próximo ao Castelo de Praga.
Leia também: 

domingo, 14 de maio de 2017

Praga, República Tcheca

Praga parece não ter sido invadida pela modernidade, ou pelo menos essa é a sensação que se tem no centro da cidade, também chamado de Praga 1. As construções e monumentos góticos dão um ar diferente, como se estivessemos em um mundo paralelo. 

Antes de viajar, tinham me falado sobre uma cidade medonha à noite, um clima de filme de terror criado pelas gárgulas e estátuas, e também perigosa, para mim e minha mãe como mulheres, por conta de assédios constantes e insuportáveis. Fora relatos sobre comerciantes (de lojas e restaurantes) que tentavam tirar vantagem sob os turistas, ganhando mais dinheiro. Porém, minha experiência foi totalmente diferente de tudo isso: era só uma cidade europeia infestada por turistas, onde você mal sabe distinguir quem é nativo. 

Viajei com minha mãe e meu padrasto, foi o nosso primeiro mochilão, primeira vez visitando tantos países de uma vez só (foram seis no total), e primeira vez em que eu fiquei encarregada de planejar tudo: passagem, hospedagem, passeios. 

Na verdade, justamente por eu ser a responsável pelo planejamento da viagem fomos para países tão diferentes do esperado para família goes to Europa. Lembro quando acompanhava minha mãe à agências de viagem e queria visitar todos aqueles lugares de "nomes estranhos" que via nas revistas, e essa foi a oportunidade.
Vista de um dos pontos ao redor do Castelo de Praga.

A ideia era gastar o mínimo possível, para assim podermos conhecer mais lugares. Dessa forma, nos hospedamos em hostels e fizemos quase todas as viagens de ônibus. Mas vamos começar pelo começo.

Chegamos em Praga no dia 3 de Julho de 2016, por volta das oito da noite. O vôo foi Belém > Lisboa > Amsterdam (na época, a passagem estava mais em conta passando por Amsterdam), e de lá fomos à capital checa de avião pela EasyJet

Informação importante: EasyJet é daquelas empresas low cost, ou seja, translado aéreo por um bom preço. Cada passagem custou por volta de R$220. Mas o que deve ser destacado é: eles cobram pela bagagem que você despacha, e o valor é meio salgado. Quando paga sua passagem, você só tem direito à bagagem de mão. 

Dica importante, referente à informação importante: Quando percebi fiquei desesperada, e nem sabia se devia ou não arriscar, pois a taxa na hora seria mais cara. Acabei pagando com antecedência, por achar que minha mochila era grande demais e não passaria nas medidas de bagagem de mão, e minha mãe tinha levado uma mala de fato. Minha mochila passou. Dinheiro gasto 80% desnecessariamente (mas as malas foram no porão só de raiva). Então fica a dica: se viaja de mochilão, verifique se as medidas batem com a exigência da maioria das cias, dessa forma, você evita precisar pagar taxa extra. 

O Aeroporto checo fica longe do centro, mas existe um ônibus que leva os passageiros até uma estação de metrô, pelo valor de CRZ24 por pessoa. 
Wenceslas Square
Devo dizer que arrasei nas hospedagens que reservei para nós, pois todas eram MUITO bem localizadas, e foram feitas pelo site Hostelworld. Em Praga, dormimos no Hostel Orange, que ficava no coração da cidade, em frente à praça Wenceslas (Václavské námestí), e a poucos minutos de caminhada do Relógio Astronômico e tantos outros pontos turísticos, e também da estação de metrô e rodoviária. 

A diária custou em torno de R$45, em um quarto misto de oito camas. Os únicos problemas eram: o wifi não funcionava e não tinha ar condicionado. Porém, ninguém morreu por não poder acessar a internet direto da sua cama e, como vocês podem ver na imagem acima, tinha um McDonalds em frente ao hostel onde dava para ter acesso gratuito. Quanto à refrigeração, apesar de ser verão, não estava quente e as vezes até esfriava, então não foi um transtorno.
Feira no caminho entre o hostel e a Old Town Square.
No dia 4 acordamos super cedo e às sete e meia da manhã já prontos, e parecia que a cidade ainda estava despertando, com poucas pessoas na rua. Andamos pelas ruas ao redor do hostel e, mais tarde, fomos em direção à Old Town Square (Staromêstské namestí), onde tinhamos programado para encontrar um grupo de free walking tour. 

Free Walking Tour: como o nome diz, é um passeio a pé e "gratuito" guiado pelos principais pontos turísticos das cidades, na base do pague o quanto puder. Normalmente eles são em inglês e duram em torno de uma ou duas horas, e os guias tendem a ser bem atenciosos e animados, afinal, eles trabalham em troca de gorjetas. 

Encontrei o tour pelo site Free Tour, e na época não vi nenhum que fosse em português. Não ficamos até o final do passeio pois eu era a única que entendia inglês entre nós e, apesar das minhas tentativas, era difícil traduzir tudo em tempo para minha mãe e meu padrasto. Foi um erro, hoje reconheço que mesmo que eles não entendessem da história que estava sendo contada, teríamos feito todo os pontos importantes em pouco tempo, podendo depois voltar nos mais interessantes depois, invés disso perdemos horas. Então fica a dica.

Lugares visitados/roteiro
Os lugares serão colocados na ordem em que foram ou podem ser visitados, partindo de um para o outro.

Fizemos todo esse trajeto a pé, é tudo próximo e da para fazer tranquilamente. Só usamos metrô ou outro meio de transporte para chegar e ir embora do Hostel.

A ideia dessa parte da postagem, assim como nos posts futuros, não é fazer uma abordagem histórica dos lugares ou algo parecido, como acontece na maioria dos blogs. Eu não me liguei em buscar essas informações e já faz quase um ano, mas o que eu lembrar vou complementando. Sendo assim, eu espero mais poder dizer por onde passei, e assim dar uma ideia a quem possa interessar, e a história pode ser vista em outros trocentos sites que falem sobre melhor que eu.

Old Town Square (Staromestské namestí)
É a praça principal da cidade, onde fica diversos outros pontos importantes para se visitar, como o Relógio Astronômico Orloj, o terceiro mais antigo do mundo e o único que ainda funciona, o Old Town Hall (Staromestské radnice), Catedral Tyn (Tysnky Chárm) e a Igreja de S. Nicolau (Svaty Mikulás).

O Orloj, de hora em hora, da um ~showzinho~ para os turistas: os nove apóstolos aparecem, e outras estátuas se movimentam. Toda a história do relógio é bem interessante, e você pode ler sobre clicando aqui.

Valores/horários da época que estive na cidade:
Para subir no Orloj - CZK70
Subir no Old Town Hall (vista da praça) - CZK100 / 9h-22h (segunda-feira 11h-22h)
*Não subimos em nenhum dos dois, mas quem achar que vale a pena deve ser uma vista muito bonita.
Old Town Square, com o Orloj e o Old Town Hall no fundo.
Quarteirão Judeu (Josefov)
Essa é uma parte da cidade que acabamos não conhecendo muito, apenas o principal. Erro nosso. 

Queria ter entrado no cemitério (tenho esse lance com cemitérios), mas apesar de ver ele de baixo (segunda imagem), não entendemos como entrava. Além do mais, não dava para comprar a entrada separada, mas sim dentro de um pacote, que dava direito a sinagogas e outros pontos, o que não era negócio para nós. 

Charles Bridge (Karluv Most)
Foto analógica.

Castelo de Praga
(Prazsky hrad)
Eu mesma falhando na minha missão de ser blogueira não tenho foto do Castelo mais de perto, shit happens. 

O Castelo de Praga é uma construção medieval do século IX, faz parte de um complexo gigante, que também abriga a Catedral de São Vito, Basílica de São George e a Galeria Nacional, uma rua medieval e jardins. É possível comprar ingressos para entrar em tais lugares, mas eu e minha família não fizemos questão e apenas passeamos por lá, o que também é uma ótima experiência.  

Valores da época que estive na cidade:
Catedral de São Vito - CZK250
Castelo - CZK350
Castelo de Praga ao fundo.

Catedral de São Nicolau
(Svaty Mikulás)
Se não me engano, não é possível entrar na catedral em si, ou é um valor a parte. Nesse dia, subimos em uma das cúpulas que é aberta a visitação, que da uma vista linda para cidade e diversos pontos turísticos, inclusive a famosissíma Charles Bridge.  

Aconteceu até de a moça que ficava lá em cima já ter visitado o Brasil e pudemos conversar sobre várias coisas. Inclusive, uma curiosidade que minha mãe tinha e outras pessoas podem vir a ter, é que a maioria das estatuas/monumentos/janelas ou coisas parecidas, em Praga, são cobertas por telas de arame. E isso acontece apenas para protege-las e não deixar que pombos e outras aves pousem nelas, façam suas necessidades ou semelhantes. 

Para subir, o total dos ingressos dos três foi CZK245. Não lembro se tinha desconto por idade ou algo assim, mas é mais ou menos CZK82 por pessoa. Acredito que vale muito a pena e indico a quem possa ir. 
Charles Bridge no centro.
Igreja de Nossa Senhora Vitoriosa (Kostel Panny Marie Vítezné)
Esse local nem estava no nosso roteiro de fato, mas passamos pela frente e vimos que fazia parte de uma das atrações marcadas no mapa. A principal atração dessa Igreja, na verdade, é o Menino Jesus de Praga (segunda foto abaixo). 

Casa dançante (Tančící Dum)

Wenceslas Square (Václavské námestí) + Museu Nacional
Esse é um outro ângulo da praça na qual fica o Hostel em que ficamos hospedados, tirada em frente ao Museu Nacional. É um lugar realmente bonito, e nas ruas principais tem lojas e restaurantes/lanchonetes.

Jubilee Synagogue ou Jerusalem Synagogue (Jeruzalémská synagoga)
Essa sinagoga entrou em nosso roteiro por sua beleza, é inacreditável estar de frente para ela e ver todos esses detalhes. Na parte de dentro também é muito bonito, não pagamos para entrar, mas da pra ter uma ideia na entrada, onde também vende souvenirs.

Powder Tower (Prašná brána)
Fomos parar nessa torre sem querer, quando me deparei com ela fiquei "ué, acho que tá no mapa". Ao lado (que não saiu na foto) fica a Casa Municipal, que também é muito bonita, no estilo Art Nouveau. Vocês podem ver ao fundo dessa foto a Catedral Tyn, ou seja, bem próxima do Old Town Hall e também do hostel.

A postagem já ta gigante, mas ta acabando! Vamos ao final.
Outras dicas
Ande à toa por ai 
Praga é uma cidade linda, maravilhosa. Entre uma atração e outra, andava sem rumo e as vezes até fazia eu e minha família nos perder de propósito, e entrava em ruas muito bonitas que não veria se só me interessasse pelo turístico. Inclusive, o bom de fazer isso é entrar em ruas pouco movimentadas, sem a confusão de muita gente amontoada nos caminhos principais.

Sente em uma ilha no meio do Rio Moldava e relaxe
Essa foi uma das mais simples experiências que mais sinto falta. Vocês não tem ideia de como era bom ficar ali sentada só sentindo o vento, e vendo as pessoas passarem no pedalinho. O nome dessa ilha da foto, a única que fui, é Strelecky ostrov.


Sente em uma praça e relaxe
Talvez eu tenho gostado tanto de Praga pois passeamos por lá sem compromisso, e ainda assim conhecemos bastante. Várias vezes em um dia simplesmente sentávamos em uma praça, um parque e descansávamos.

No momento dessa foto, encontramos essa praça e sentamos (no meu caso, deitei) para relaxar, bater foto, ficar ouvindo música. Não lembro exatamente onde fica isso, mas sei que é do lado do rio da Malá Strana, perto do Castelo e de alguma ponte, talvez a Mánesúv most.


Restaurante U Laury (Vinárna U Laury)
Esse é daqueles lugares que você vê foto no Tumblr ou no Pinterest e pensa "olha que lugar lindo, lá onde judas perdeu as botas e que eu nunca vou, e se for nessa cidade não vou achar e já vou ter esquecido". Encontrei por o acaso, próximo ao Castelo de Praga (assim como a primeira foto dessa postagem), é bem fácil de localizar, fica em uma das ruas principais. Sentamos um pouco e, se não me engano, consumimos uma fatia de bolo e um copo de cerveja grande (talvez mais alguma coisa que eu não lembre), e deu o total de CZK180.
Endereço: Nerudova, 209/10

Burrito Loco
Essa foi a minha paixão dessa viagem. Eu só tinha comido comida mexicana, um burrito em São Paulo, uma vez na vida. Mas sempre quis comer outra coisa, tipo tacos. E esse restaurante mexicano era apenas uma das coisas mais legais que já vi, apesar de não ser nada demais.

E o amor da minha vida é esse refrigerante!!!! JARRITOS EU TE VENERO. Inclusive saudades. É muito bom.

Eu até tenho anotado o quanto gastei nas duas vezes que comi, mas em um comeu eu e meu padrasto, em outro eu devo ter tomado uns três Jarritos, então não sei bem quanto deve ter custado só o burrito + refrigerante, porém vocês podem ver isso no site (clique aqui).

Bar em container na beira do rio 
É por isso que eu to aqui a vida inteira dizendo que é maravilhoso fazer tudo andando e sem compromisso!! Achamos esse bar (perto da praça que falei lá em cima e tem esse monumento da bandeira tcheca) que funciona dentro de containers, e em um espaço bem legal. Fica quase na beira do Rio Moldava, perto da Charles Bridge (foto lá embaixo). <3 

Trdelnik - Comida Típica  
A única comida (na verdade, sobremesa) checa que eu comi foi esse doce chamado Trdelnik. É MUITO comum em Praga e você acha barracas que o vendem em todo lugar no centro turístico. 

Não é nada de exótico também: é uma massa com açúcar e canela. Parecido com o Pretzel do Mr Pretzels. Tem a opção de o comer só a massa, ou com recheio de chocolate, sorvete, Nutella e/ou outras trezentas variedades.

Muito gostoso, recomendo.

Alimentação e gastos
Durante toda a viagem nós quase não gastamos dinheiro com roupa, lembrancinhas ou coisas do tipo. Nossos maiores gastos eram com comida, lanches e afins e, ainda assim, ainda era menos do que eu tinha calculado para viagem. Da pra economizar beeem. 

Pela minha experiência, três dias são o suficiente para conhecer toda a cidade sem pressa, podendo aproveitar bastante de tudo que Praga pode oferecer. Nunca imaginei que gostaria tanto de lá, e certamente o meu destino favorito. 

Minha última informação para dar é: para ter noção do que visitar em cada destino dessa viagem, o site que eu consultei principalmente foi o 360meridianos, entre outros blogs que achei no Google. Indico muito visita-lo. 

Leia também: